20 de setembro de 2010

E de repente o inesperado (final)

   Taí, meu erro foi "ter te amado sem te conhecer". Impulso de momento; fagulha de paixão que acendeu um fogo fátuo, cuja chama pensei que bastaria pra amenizar o inverno congelante que a solidão me impôs. Mas agora, poucos dias depois de termos iniciado essa aventura, percebi que você simplesmente desistiu de ir buscar a lenha necessária. Com isso a chuva veio e nossa frágil estrutura, ainda em construção, foi perdida.
   Por quê? Era tudo o que queria saber. Aliás, o mínimo que você deveria ter feito, mas é difícil esperar dos outros por uma atitude condizente com as palavras proferidas um dia, né?
   Engraçado como em 2 dias você me fez acordar de um sonho bom pra cair num pesadelo. Por sorte me livrei rápido das garras da escuridão onde me jogou e consegui, finalmente, encontrar o caminho de casa. Engraçado como esse tipo de relação pode se transformar em um jogo de azar qualquer, onde apostar tudo é um risco.
   Será mesmo que o amor foi feito pra isso? Apenas uma questão de estratégia, frieza e cálculo, ao invés de apostas desmedidas, instruídas pela centelha de felicidade que nasce a cada vez que nos apaixonamos? Será que táticas, dicas e "macetes" bastariam pra definir sucesso ou fracasso nesse campo de batalha? Sinceramente, não sei, mas com certeza não é o que espero.
   Juro que anseio pelo dia que vou poder apostar todas as minhas fichas sem me importar com o que vem depois. Poder buscar combustível pra essa fogueira sentimental, voltar e ainda ter alguém com quem dividir o calor; afinal, sair sorrateiramente na calada da noite é atitude de covarde. Ou será que as fichas acabaram e o jogo acabou antes do tempo pra você? Engraçado também como essa segunda alternativa faz tão mais sentido, derrubando, assim, seus argumentos passados.
   Enfim, tentando falar em uma língua que você compreenda, melhor mesmo seguirmos nossos destinos separados e deixar que essa decisão equivocada da alta direção de nossas mentes não afetem o andamento da rotina de nossas empresas. Lamento que o processo de fusão não tenha dado certo e que agora as 2 corporações tenham de rever suas estratégias, reposicionar suas marcas e mercados em busca de mais market share. Lamento.

5 comentários:

Anônimo disse...

Li minha história agora aqui, tal qual a vivi e senti...

Edilene
@edileneruth
http://devaneiopulsante.blogspot.com

Fabio Piva disse...

Coerência.

O que, comentário de uma palavra não basta? Então elaboro: A única coisa inadmissível de se perder é a coerência sobre nosso atos -- especialmente quando outras vidas, além da nossa, estão em jogo. "Não te amo mais" -- coerente. "Não era o que eu pensava" -- coerente. O silêncio repentino, a ausência inexplicada de quem um dia declarou sentir "amor eterno", o "sentimento mais lindo do mundo"... Não compreendo tamanha incoerência inconsequente.

Mas de incoerências assim o mundo está tão cheio... nos resta esquecer.

Abs, ótimo texto
Fabio Piva
http://paciencianegativa.blogspot.com

Priscila disse...

O amor não é aquilo que invade sem pedir licença. O nome disso é MST. Amor é outra coisa. Outra coisa que eu também não sei explicar

Vivendo e vivendo. O aprendendo eu sempre duvido.

Silvana Persan disse...

O amor é fácil, bonito, suspirantemente encantador... o problema são as pessoas (tio Sartre tava lá pra dizer q o inferno são os outros). Ou não.

Só pra não perder o hábito de dizer q seus posts semprem me lembram alguma música, qndo li isso no Google Reader, ontem, lembrei imediatamente de Educação Senimental I e II.

Unknown disse...

O que dizer sobre seu blog? Desprezível? Talvez..... Um monte te falatórios sem objetivos, tristezas, magóas por términos de namoro e dor de cotovelo?? Sem dúvidas... agora ler isso e não passar mau, impossível. Aspirante a jornalista, perde seu tempo com coisas fúteis.... Vim apenas falar que seus posts são um insulto para a classe feminina e eu, como tal, me sinto ofendida por estar lendo estas palavras.
Deixo minha opinião para quem estiver lendo (perdendo seu tempo) este blog, não para você, que defeca nas palavras.